quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

No ultimo dia do ano...

Irei lembrar-me de todas aos coisas ruins que me aconteceram neste 2015.
Procurarei aprender com os erros que cometi para que elas acontecessem;
Tentarei identificar onde permiti que terceiros tivessem poder para influenciar meu humor;
Analisarei todas, reavaliarei meus parâmetros e veremos se todas foram assim tão ruins...
As coisas boas tentarei guardar na memória.
Sei que muitas delas se perderão com o passar dos dias, más procurarei preencher esse espaço com várias outras pequenas coisas boas...
Farei da minha meta “Não ter metas”! Não por preguiça, ou por não me achar capaz de realizar coisas grandes, más sim para que cada conquista do dia-a-dia possa ser celebrada com a grandeza que merece!
Essa noite não usarei branco, pois sei que a paz que preciso está dentro de mim;
Não usarei vermelho, pois pretendo me apaixonar diariamente por mim mesma;
Também não passarei de amarelo, para me lembrar que por melhor que seja tê-lo, dinheiro não deve ser o mais importante em minha vida!
Não me importarei se não passar pulando 7 ondas, em uma grande queima de fogos ou em uma festa de arromba, me contentarei em estar no meu sofá, com minha família, com meu marido e talvez dormir cedo, pois no mundo que estamos é apenas disso que precisamos...
E por fim, em meu último dia do ano de 2015 esvaziarei a mente e o coração, limparei terreno e abrirei espaço para que coisas novas cheguem, façam morada e me ensinem novas lições...
Quero chegar em 2016 zerada...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

"Era uma vez..."


Como boa menina nascida na década de 80, meu imaginário infantil foi norteado pelos contos de fadas, os clássicos! Aqueles que começam com "era uma vez" e terminam no "viveram felizes para sempre". Já adolescência foi moldada com historias de "almas gêmeas", como na novela A Viagem, e por infinitas combinações de horóscopos, simpatias, cartomante e o divorcio dos meus pais! Meus amores eternos não duravam mais que paixonites e minha alma gêmea insistia em ser um encosto!
Estava me preparando psicologicamente para ser "moderna", o que na época seria esquecer de tudo isso e se focar em alguma carreira.
Até que na virada do século me apaixonei! E foi fulminante! Aquele tipo que te faz largar escola, emprego, engravidar (também conhecida como "idiotice")...
Só que eu sempre me pegava pensando quando isso acabaria? Ou como? Na verdade ouvia muitas previsões do tipo: Não vai durar 1 ano!
Veio o dia-a-dia! Não tínhamos mais que batalhar para estar juntos; não tínhamos mais que provar que era de verdade; Não tínhamos mais que provar que os outros estavam errados; Tínhamos agora, filho, casa, trabalho, orçamento e um cachorro vira-lata!
E foi em meio a isso que a paixão acabou... Más, ao contrario do que eu achava, é ai que o que é de verdade começa!
Já estamos no séc. XXI, divórcios são normais. Seria apenas questão de tempo... Só que eu não queria que isso acontecesse, e por incrível que pareça, meu marido também não! Acho que o fato de ambos sermos de "lares desfeitos", e teimosos como mulas, nos instigava a fazer durar sempre um pouco mais..
E assim, há quase 16 anos, todos os dias, escolhemos continuar juntos! Ás vezes um quer mais que o outro, más isso mantem a média positiva! E, mesmo com brigas e discussões (afinal ele é de libra e eu de virgem), continuámos a ser Nós.
Ainda me choco com casamentos que terminam, afinal o que essas pessoas esperavam? Vejo como a cultura do imediatismo não forma ninguém para o que é na verdade um relacionamento a dois! Se preocupam e estarem sempre apaixonados, vão de uma paixonite a outra sem se importarem com os que ficam pelo caminho. As pessoas procuram no coração, más não no órgão coração e sim no símbolo ( <3) o que deveriam encontram no cérebro! É nele que mora nossa capacidade de escolha!
-Ah, más você não acredita mais no amor então? Muito pelo contrario, eu escolho viver meu amor diariamente. E quer prova maior de amor do que escolher a mesma pessoa todos os dias! Escolher aquela pessoa com todos seus defeitos, seus erros, sua personalidade e até seu ronco!
Descobri que minha alma gêmea quem escolhe sou eu! Que a laranja é minha e completo como quero! Que posso sim substituir o "viveram felizes para sempre" por "viveram felizes os dias em que não estavam p*%$# um com o outro"!
Foi apenas quando parei de idealizar, superestimar e santificar o amor que descobri o que é amar de verdade!
E daí eu cresci. 

sábado, 14 de novembro de 2015

A tragédia do vizinho é sempre mais triste...


 
Acordei hoje com a notícia de uma série de atentados terroristas ocorridos ontem, 13/11/2015, na França, no qual, segundo minha última atualização, haviam deixados 128 mortos e cerca de 60 feridos. Uma notícia realmente triste e preocupante, que merecem todas nossas orações, más...

Não demorou muito e logo minha time line do Facebook estava lotado de fotos de perfil cobertas com as belas cores da bandeira francesa, ato esse que pode ser considerado o máximo de comprometimento da geração atual com uma causa. Eu só pensei “Por que ninguém fez isso por Mariana?”

No dia 05 de novembro duas barragens se romperam entre os distritos de Mariana e Ouro Preto, gerando uma onda de lama que devastou distritos próximos. O número de desabrigados que foram encaminhados para hotéis chega a 632 pessoas. Até a quinta (12), 8 mortes haviam sido confirmadas e 19 pessoas estavam desaparecidas. Más o número de pessoas afetadas é bem maior.

Uma das prováveis causas do desastre de Mariana é o descaso que ocorre em nosso país com as estruturas de empresas particulares, e estatais também, com as normas de segurança. Não havia sequer uma sirene que avisasse os moradores a tempo de se retirarem do local. Já presenciamos a tragédia na boate Kiss que matou 242 pessoas e feriu 680, gerada pelo mesmo descaso.

O descaso que em nosso país mata muito mais que o EI.

Você sabia que o número de mulheres assassinadas a cada mês no Brasil saltou de 113 para 372 em 30 anos? Um levantamento mostra que 13 mulheres são assassinadas por dia, em média, no país - uma a cada duas horas -  e que as mais desprotegidas são as mais pobres e as negras. Em 2013, foram 4.762 mulheres assassinadas!

O descaso com a saúde pública que tornou coisa cotidiana, infelizmente, vermos notícias sobre mortes de pacientes a espera de tratamento! Jogue na chave de busca “morte a espera de vaga” no Google e se espante com os resultados obtidos.

Descaso com a segurança pública! Os homicídios representam quase metade das causas de morte entre jovens de 16 e 17 anos. Em 2013, foram 3.749, de um total de 8.153. A projeção é que 3.816 jovens sejam mortos neste ano!

A tragédia de Paris deve sim ser respeitada, más devemos também nos condoer, nos revoltarmos, nos chocarmos, pelos atendados nossos de cada dia. Atentados esses não causados por um grupo terrorista, más pelo descaso de um Estado pela sua nação.

Antes de colocarmos a bandeira da França em nossos perfis, temos de colocar a do nosso país em nossos corações!

·         A bandeira que ilustra esse texto é a de Mariana- MG

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

O Medo e eu



Sempre li sobres pessoas que escrevem mais, e melhor, quando estão tristes. Acho que me enquadro nesse grupo de escritores. Tenho começado uma quantidade absurda de textos e não consigo finaliza-los. Isso é frustrante!

A tristeza que estava em mim se foi e, ao contrário do que imaginei, a alegria não voltou. Sinto como se tivesse um vazio, um vão, dentro de mim... não é o vulcão, más também não é a tarde ensolarada ... algo espreitando, me observando...

Acho que é medo.

Ele esteve presente na minha vida desde que me lembro. Coisas bobas, como um pesadelo que tive por volta dos 5 anos que ainda está nitido em minha memória (como é possível isso?). Lembro também de pesadelos recorrentes envolvendo um acidente de carro e um rio (esses me assustam até hoje!). Lembro de ter medo da guerra fria, de bombas, medo de Deus, medo do ano 2000, medo do acelerador de partículas, medo de 2012, medo de cometas, medo do Ebola, medo da 3ª guerra mundial, medo de ter câncer, medo de envelhecer sozinha, de morcegos (por causa da raiva), de avião (nunca pisei em um), medo, medo, medo ...

O Engraçado é que listando meus medos eles parecem tão sem fundamentos e ridículos! Como eu posso ter medo dessas coisas?

Como posso temer coisas tão aleatórias, tão fora do meu controle, tão estupidas? Não é lindo ver que passei por muitos desses medos intacta, “Vivinha da Silva”?

E meu modo de agradecer ao “Grande Criador” é me aprisionando em mais medos... Como isso é possível? Como posso transformar bênçãos como amor e filhos em “chaves de cadeia”? Todos esses medos são duplicados e projetados em meu medo de que eles passem por algo... Medo só gera mais medos.

O que tenho que alimenta tanto esse sentimento tão castrador?

Eu abomino o medo. Ele é o único sentimento que te paralisa, que te faz permanecer no lugar. Para mim não há nada pior que a estagnação!

Como posso demonstrar minha gratidão em abrir meus olhos todas as manhãs (+ ou – 12.485 vezes já), me mantendo exatamente no mesmo lugar? Não acho que esse seja o plano “Dele” para mim... não acho que esse seja o plano “Dele” para ninguém! Temos que sempre desejar algo a mais, maior, melhor, e não digo financeiramente. Como podemos almejar alcançar os céus com raízes fincadas na terra por medo de voar?

Se meu coração deseja criar asas minha mente não deveria estar preparada para acompanhar?

Acho que é por culpa dele que meus textos permanecem inacabados...

domingo, 1 de novembro de 2015

Ninguém gosta de pessoas que estão tristes.


 
Vocês já repararam com as pessoas não suportam a tristeza? Não falo no “ficar triste”, más em ser informada de que a outra pessoa está triste!

Quantas vezes ouvimos a pergunta “Como você está? ” com a certeza absoluta de que a resposta esperada é “Bem, obrigada!”... Daí você arrisca um “e você?”, más também esperando ouvir apenas o eco da resposta já dada...

Ninguém gosta de pessoas que estão tristes.

Acho que temos medo de ter alguma responsabilidade nisso. No porquê de a pessoa “estar” triste, ou no “que fazer para a pessoa deixar de estar triste”... O som de um “tudo bem” faz com que a vida continue exatamente como está. Isso é uma segurança.

Por isso redes sociais fazem tanto sucesso! Ali temos um local no qual é permanentemente proibido demonstrar tristeza. Ousem profanar aquele solo sagrando com sentimentos reais e sofrerão as consequências! Sendo a menor delas uma enxurrada de “não fique assim! ”, “para com isso! ”, “deixa disso! ”, “blá blá blá”... Você pode ter “amigos” ali, ter “romances” ali, más ter algum sentimento que não se encaixe no quesito alegria pura, isso nem pensar! Até sexo virtual é melhor aceito! Internet não é lugar para ser triste! Se “quer” estar triste vai lá para aquele cantinho escuro, aquele sozinho com um banquinho e uma plaquinha de “off-line”!  

Hoje assisti a uma animação em que os personagens não desgrudavam os olhos da tela do celular. Acontecia um monte de catástrofes ao redor e eles ali, vidrados, felizes, em seu pequeno mundinho. Logico que eu estava vendo isso no meu celular. Achei graça e me fez lembrar que haviam coisas que dependiam de mim fora dali também (filhos, casa, encomendas). Fiquei “meditando” por alguns segundos no que prendia tanto as pessoas aquilo. O que elas viam ali, ou procuravam ver, que era capaz de tamanha absorção? Desliguei meu celular então me vi.

Eu estava ali, refletida naquela telinha! É isso que procuramos quando estamos on-line, procuramos nossos reflexos. Más não o real, aquele do espelho, procuramos um idealizado, perfeito. Por isso a tristeza não cabe ali. Ninguém gosta de se ver triste! Ninguém quer se ver infeliz no trabalho ou num relacionamento! Queremos, não, precisamos estar lindos, felizes e bem-sucedidos para que assim as nossas vidas tenham algum sentido!

Por isso ali só é permitido gente feliz, casais em amor eterno, trabalhos edificantes e filhos saudáveis e sorridentes! É isso que queremos ver refletidos em nós 24 horas por dia! Temos em uma rede social o mais perfeito espelho de Narciso! Más será que realmente devemos almejar dias de júbilos e contentamentos sem fim? Será que um dia de tristeza (2 ou 3) é tão errado assim? Até a Pixar® já nos ensinou que não.

Acho que esse repudio a tristeza começa a nos ser ensinado desde muito cedo. Quando uma criança chora, um choro que para um adulto é totalmente sem motivo, logo escuta um “engole esse choro! ”, “vai chorar lá no seu quarto! ” ou “pare de chorar sem motivo! ”.  Temos aí duas lições de vida importantes. A primeira é de como a sociedade vai lidar com nossas tristezas (vão nos nega-la ou não querer vê-la), e a segunda é que existe, em algum lugar, uma “tabela” do porquê você pode ou não ser triste (é, porque crianças simplesmente têm o dom de chorar sem estar triste né). É muito egoísmo da criança estar ali chorando por não ter ganho o brinquedo que viu. Faria muito mais sentindo ela estivesse chorando pelos famintos, pelos refugiados, pelos maus tratos a animais, pela situação política econômica atual do nosso país (motivo esse talvez o qual ela não pôde ganhar aquele brinquedo), do que ficar triste por um motivo tão banal! Quando adultos apenas repetimos as lições aprendidas: Como você, uma pessoa saudável, casada (ou solteira), mãe de filhos (ou sem essa preocupação), com trabalho (ou sendo dona de casa), tendo casa, carro etc., como você ousa estar triste? Por acaso você não sabe que tem “coisas bem piores” por aí? (Independente do motivo pelo qual você estiver triste sempre haverá algo de pior). Eu só gostaria de saber quem criou essa tabela... (e como faço para adquirir uma. Já tenho 34 anos e nada de receber uma cópia ou um link para download!)

Hoje tratamos a tristeza como doença. Depressão é doença, a tristeza não! E nenhuma das duas são contagiosas! Se uma pessoa tiver a coragem de se desabafar com você, pode ficar tranquila e estar certa de que isso não fara de você uma pessoa triste também! A não ser que você tenha alguma parcela de culpa na tristeza dela, más isso te deixaria mais para o remorso do que para a tristeza.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Sobre o vídeo do garotinho “destruindo” a sala de aula...



Se você reparar bem, tudo indica ser aquela uma "sala de recursos", aquela criança ali provavelmente tem algum tipo de transtorno, ou seja, as pessoas que estavam ali filmando, condenando e que, tão prazerosamente, divulgaram o vídeo, deveriam ser os "profissionais especializados", tendo como função incluir, preservar e amparar aquele pequeno. É muito triste ler os absurdos que se seguem após o compartilhamento do tal vídeo! Os "adultos responsáveis" que aparecem ali são pessoas totalmente despreparadas, que não deveriam estar lidando com crianças especiais... não deveriam lidar com crianças nenhuma!

 Mesmo não se tratando de uma criança especial, quem como pai e mãe, poderia julgar e condenar uma criança daquele tamanho? Ninguém tentou acalma-lo, ninguém tentou ajuda-lo... Antes de condenar uma criança devemos nos perguntar que sociedade é essa, que ao invés de ajudar, prefere filmar e soltar na rede? Para ter o quê, "curtidas"? Para demonstrar que “assim caminha a humanidade"?

Aquela criança foi exposta, humilhada, marginalizada, tudo isso estando dentro de um ambiente que era para ser seguro e humano! Coloque-se por um segundo no lugar do próximo. Que pais estão 100% livres de seu filho agir como criança de vez em quando? Mesmo os mais presentes, que seguem tudo o que postam no facebook, mesmo esses, têm de lidar com crianças sendo crianças ao menos uma vez na vida! Como você se sentiria se o profissional que cuida de seu filho tivesse filmado e publicasse aquela mordida que ele deu no amiguinho? Sim, aquela que você prontamente respondeu com "É coisa de criança!"; A vez que ele não segurou o xixi e fez na roupa? Ou filmasse ele contando sobre as discussões que você tem com seu conjugue na presença dele? Me impressiona não ver ninguém questionando a conduta daqueles adultos formados... apenas apedrejando os pais do garoto (que nem estavam ali presentes) e condenando a maior das vítimas naquilo tudo...

A alguns anos, na escola ainda, li sobre uma tribo onde os bebes, assim que nasciam, eram separados das mães e levados para uma oca comunitária. A mãe era assistida pelas mulheres mais velhas, enquanto isso o bebe era cuidado e amamentado pelas outras mulheres. Lembro de como fiquei chocada com aquele artigo. Lembro de ter pensado quão arcaico e absurdo era esse comportamento...

Más recordando hoje lembro de algumas informações contidas ali, as quais não me marcaram tanto na época; A TRIBO cuidava daquela criança. Todos ali estavam envolvidos, e eram responsáveis, pela formação de caráter, segurança e educação daquele pequeno ser. Ele não era “o filho do João com a Maria”, ele era um MEMBRO daquela comunidade.

O futuro daquela tribo dependia de como aquelas crianças estariam sendo cuidadas. Aquela mãe não “abandonava o próprio filho”, ela o compartilhava. E compartilhava seus cuidados e seu leite com as outras crianças ali, se tornando assim um pouco mãe de todos eles.

Comparando as memorias daquele velho artigo em um livro escolar com as postagens que vejo hoje sobre o menino na sala de aula, me questiono qual cultura é a arcaica, a boçal, a que choca mais?

Mais do que nunca, invejei a sorte daquelas crianças de nascerem naquela tribo... naquela comunidade... naquele mundo.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Desastre Natural


 
Você já se sentiu um desastre natural? Não me refiro a tropeçar, derrubar, cair, etc., más sim a potencializar tanto pequenas coisas ao ponto de elas saírem do seu próprio controle.

Geralmente eu me sinto assim.

Sabe quando você conhece uma pessoa e logo acha que vão ser “best friends forever” depois de só 20 minutos?  Quando se matricula em algum curso e o idealiza tanto que, obviamente, se frustra no 1º dia de aula e logo já não quer mais ir? Ou lida com pequenos problemas como se eles fossem uma questão de vida ou morte? Bom, eu sei.

Sou capaz de fazer as piores tempestades nos menores copos de águas... E olha que eu me esforço muito, más muito mesmo, para me conter. O que funciona bem, até que eu vou lá e arrebento com tudo.

Eu queria muito deixar ao tempo... relaxar e ver o que rola... ser uma brisa calma e constante, capaz de fazer lindas paisagens naturais... Más, ao invés disso, sou um tsunami, um furacão, uma erupção! Talvez até surja algo bonito depois disto, más de que adianta se estarão todos mortos para admirar?

Já procurei solução na astrologia, em religião, livros de autoajuda, meditação e nada. Consigo me conter por um tempo, más no menor dos estímulos, BUM, eu surjo potencializada!

Como um bom desastre natural moderno, na grande maioria das vezes surjo com um estímulo externo. Não falo de desmatamento, poluição, aquecimento global, falo de pequenas coisas... Atitudes... na maioria das vezes, minhas próprias atitudes!

Geralmente sou descrita como uma pessoa calma, pacata, e logo vem na minha mente a imagem de uma linda montanha, com uma floresta aos seus pés, neve em seu cume, nuvens e revoadas de pássaros ao seu redor.... E, de repente, CABUM! Essa montanha se revela um vulcão, jorrando passado, expelindo frustrações e estabelecendo o caos ao redor.

Más isso dificilmente acontece externamente. Quando finalmente vem à tona tudo o que já estava ocorrendo dentro de mim a tempos as pessoas me olham como se eu estive doida, de TPM, frustrada. Só eu sei o que se passa aqui dentro... O perigo que esses pobres habitantes correm fixando residência ao meu redor... E quanto a mim?  Como me distanciar de mim?  Só me cabe esperar. Assistir, recolher os cacos e rezar para não ter causado danos permanentes.